domingo, 21 de abril de 2013

VOCÊ É CONSIDERADO UM BOM CHEFE?



zero hora 21 de abril de 2013 | N° 17409

CARREIRA/ GESTÃO
A falta de clareza e a pouca orientação aos funcionários são apontadas em uma pesquisa internacional como as principais carências dos gestores. Mas práticas adotadas no dia a dia, como faz Mário Bastos à frente de sua equipe na DBServer (foto), podem melhorar a liderança e trazer os resultados.

A complexa tarefa de liderar

Segundo pesquisa da Page Personnel, 53,5% dos subordinados dizem que seus gestores não atendem a suas expectativas

Crescer profissionalmente, em grande parte dos casos, significa assumir um cargo de gestão. Mas nem todos têm o perfil ou estão preparados para ser chefe no momento em que a promoção vem. Se esse líder não estiver atento, pode interromper a evolução de uma carreira em ascensão e, ainda, comprometer os resultados da equipe que encabeça.

Mais da metade dos 2,4 mil funcionários de empresas de diversas áreas de atuação entrevistadas pela Page Personnel, empresa internacional de recrutamento, afirmou que seu gestor imediato não atende a suas expectativas.

– O papel do líder mudou com o passar dos anos. Hoje é mais complexo, não basta delegar tarefas, cobrar e controlar. O gestor contemporâneo precisa engajar a equipe, dar e receber feedbacks constantes, além de ter habilidade de selecionar as pessoas certas para compor o grupo – destaca Roberto Picino, diretor-executivo da Page Personnel no Brasil.

A correria diária e a pressão pelo cumprimento de metas, entretanto, podem dificultar a percepção que o chefe tem de seu próprio desempenho, avalia Crismeri Delfino Corrêa, vice- presidente de gestão e inovação da Associação Brasileira dos Recursos Humanos ( ABRH- RS).

– O líder precisa estar em constante autoavaliação e atentar para o comportamento do time. Use ferramentas como o feedback 360º, promova bate-papos formais e informais, analise o seu dia a dia, invista em processos de autoconhecimento – sugere Crismeri.

Foi usando dessas práticas que Mário Bastos, sócio-diretor da DBServer, afirma ter se aperfeiçoado como gestor. No início, atuava mais como um executor. Ao longo dos 20 anos de existência do negócio, foi buscando mecanismos para aprender a lidar melhor com as pessoas:

– Tive a humildade de estar aberto para aprender e fui me desafiando a melhorar. Descobri que é importante dar espaço para o erro, dar autonomia para as pessoas resolverem seus problemas e se mostrar aberto a ajudar nos momentos de estresse – avalia Bastos.

MARIA AMÉLIA VARGAS


Missão compartilhada


Para os sócios-diretores da empresa de mobilidade corporativa uMov.me S.A, Alexandre Trevisan e Daniel Wildt, a gestão de pessoas é algo que precisa estar em primeiro plano. Em busca do melhor desempenho nesse aspecto, a dupla decidiu dividir as funções de liderança. Enquanto Trevisan tem como meta disseminar a visão da companhia entre os colaboradores, Wildt preocupa-se com o desenvolvimento do grupo.

– Temos trabalhado de forma complementar. O meu alvo é buscar o direcionamento da empresa e de suas estratégias. O Daniel faz o papel de gestor da área mais sensível, voltado ao nosso maior capital: o humano – conta Trevisan.

Conforme explica Wildt, a sua função envolve bate-papos diários de 10 a 15 minutos sobre o que ocorreu na jornada e um encontro às sextas-feiras para avaliar a semana, levantando tudo que teve de bom e elaborando planos de ação para resolver os problemas.

– Percebo a liberdade deles de dar e receber feedback, e isso foi sendo conquistado na medida em que implementamos esse sistema – avalia o gestor.

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