segunda-feira, 8 de abril de 2013

DA ÉTICA E DOS VALORES DO PM

Bento Mathuzalém de Vasconcelos


Em tempos tão difíceis, onde os valores morais e éticos estão sendo postos á prova, nos parece salutar algumas considerações sobre o assunto, de modo a uma correta atualização sobre a Instituição Brigada Militar, interna e externamente.

Detentores de uma formação moral e profissional rígida, por necessária, nós Brigadianos nos orgulhamos dela. Não somos melhores, somos diferentes: usamos farda. 

A nobreza da missão e os riscos da profissão que abraçamos nos impelem a cultuar os mais sadios valores e as mais salutares virtudes, que norteiam a nossa formação e, ao longo de nossa carreira, acompanham a exação dos nossos atos.

Não fora isto e, certamente, não teríamos herdado uma Corporação digna, honrada e gloriosa, com a responsabilidade de “aumentando conservar” .

Do Soldado ao Coronel, nós militares estaduais somos ou devemos ser um paradigma para os demais cidadãos. De nós se espera amor á verdade, correção nos atos, ética nas relações, caráter e integridade moral para resistir.

Entre nós a lealdade; acima de nós, a missão é o mais importante. Isto deve motivar a todos como “irmãos de armas”, dentro da hierarquia e da disciplina, pilares básicos de nossa Instituição. 

Quando isto não acontece, nossos regulamentos devem atuar com máximo rigor, para que o primado seja restabelecido, especialmente entre os Oficiais, seus mais legítimos líderes e responsáveis maiores pelo destino da Força.

Assim, nunca é demais relembrar que o compromisso assumido perante a Bandeira e a sociedade deve ser eivado na honra de cada um e no amor e profissionalismo que devemos devotar á causa da Brigada. 

Para a sua manutenção, devemos usar de todos os antídotos e vacinas, para que a Corporação permaneça, o mais possível, imune á corrupção que, infelizmente, grassa em vários segmentos e classes do país em que vivemos.

O sadio Espírito de Corpo deve ser cultuado. Porém, jamais acobertadas mazelas e ou desvios de conduta, capazes de comprometer a nossa imagem perante a sociedade. Da mesma forma, devemos priorizar a valorização do grupo e da Instituição como um todo, em detrimento ao individualismo, que pode comprometer a união das forças.

O respeito ao passado e a busca incessante de novas técnicas e atualização de métodos haverão de respaldar o futuro e dar ânimo aos nossos homens e mulheres, no combate diuturno ao crime e aos criminosos. 

Com a Tropa recebendo o apoio dos Comandos e o reconhecimento da população, nossas entidades representativas de Oficiais, Sub Ten e Sgt e Soldados terão a força política necessária, para exigir das autoridades a melhoria urgente nos baixos salários pagos, assim como a dotação dos meios necessários, ao melhor cumprimento da missão.

Esta deve ser a nossa Brigada: orgulho de todos nós Brigadianos e patrimônio do Rio Grande e de seu povo.

Bento Mathuzalém de Vasconcelos – Cel Res Alt
BRIGADA MILITAR, TURMA Cel OCTÁVIO FROTA, CFO 61 / 64

( Publicada na edição de setembro de 2008, do Jornal da ASOFBM )

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