O SUL Porto Alegre, Sexta-feira, 14 de Novembro de 2014.
WANDERLEY SOARES
Sem a hierarquia da caserna, entidade dá ênfase ao critério meritocrático por conveniência técnica
Parece-me ter sido há pouco mais ou pouco menos de cinco anos, que o coronel da reserva da BM (Brigada Militar) Cairo Bueno de Camargo esboçou as bases de uma entidade constituída por todos os profissionais da BM, independente de suas graduações castrenses, mas com o objetivo de defender os interesses da categoria e, paralelamente, de toda a sociedade civil visualizando, em primeiro plano, a segurança pública. O projeto era ambicioso em vários sentidos, inclusive no de unir a família brigadiana sem os entraves pétreos e verticais da caserna. Seria uma entidade de cidadãos brigadianos iguais, do soldado ao coronel. Sobre este tema, se lhes resta algum tempo, sigam-me
Pró-BM
Não sei, exatamente, quais os motivos que levaram o coronel Cairo a congelar o seu projeto. Obrigo-me a citá-lo no momento em que recebo do 1 sargento da Brigada Márcio Fernando Sietneski a informação de que estão ativos, em mais de 25 municípios gaúchos, núcleos do Movimento Pró-BM. Trata-se de uma iniciativa, segundo Siteneski, nascida da espontânea união entre servidores de todas as classes funcionais da BM, livres de comprometimento ideológico ou político partidário. Embora apartidário pela sua natureza, o movimento busca identidade política para as suas propostas e entende como parceiros e aliados aqueles que se dispõem a defender os interesses de seus membros como cidadãos, trabalhadores e servidores públicos que juraram dar suas vidas em defesa do povo gaúcho.
Racha
Os profissionais da Brigada têm três entidades classistas: Associação dos Oficiais; Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes e a Associação dos Cabos e Soldados que, com raridade, defendem de forma harmônica seus interesses. O Movimento Pró-BM, que aceita membros dessas três entidades, ainda que não tenha este objetivo, significa mais um racha na família brigadiana. O Pró BM poderá se tornar poderoso e enfraquecer as organizações existentes na corporação ou se vir a ser apenas recanto de dissidentes, pois militar que é militar, não é o meu caso, exige hierarquia vertical a partir do café da manhã. Da minha torre, estarei atento a esse debate.
Crime e castigo
Um jovem morreu e três ficaram feridos após assalto seguido de perseguição policial, durante a madrugada de ontem, em Campo Bom. O grupo arrombou a loja Lebes, na rua Rui Barbosa, área central da cidade, e escapou com equipamentos eletrônicos em um automóvel Santana. A BM empreendeu a perseguição e os criminosos perderam o controle do veículo que bateu em um quebra-molas. O carro capotou e partiu ao meio ao se chocar contra uma árvore. Os bandidos foram arremessados para fora. Wagner da Silva Santos, de 28 anos, morreu no local. Jonas Pereira Martins, de 22 anos, Júlio Veloso dos Santos, de 20 anos, e Everton Santos de Lima, de também de 20 anos, ficaram gravemente feridos e foram encaminhados a hospitais de Campo Bom e Novo Hamburgo.
WANDERLEY SOARES
Sem a hierarquia da caserna, entidade dá ênfase ao critério meritocrático por conveniência técnica
Parece-me ter sido há pouco mais ou pouco menos de cinco anos, que o coronel da reserva da BM (Brigada Militar) Cairo Bueno de Camargo esboçou as bases de uma entidade constituída por todos os profissionais da BM, independente de suas graduações castrenses, mas com o objetivo de defender os interesses da categoria e, paralelamente, de toda a sociedade civil visualizando, em primeiro plano, a segurança pública. O projeto era ambicioso em vários sentidos, inclusive no de unir a família brigadiana sem os entraves pétreos e verticais da caserna. Seria uma entidade de cidadãos brigadianos iguais, do soldado ao coronel. Sobre este tema, se lhes resta algum tempo, sigam-me
Pró-BM
Não sei, exatamente, quais os motivos que levaram o coronel Cairo a congelar o seu projeto. Obrigo-me a citá-lo no momento em que recebo do 1 sargento da Brigada Márcio Fernando Sietneski a informação de que estão ativos, em mais de 25 municípios gaúchos, núcleos do Movimento Pró-BM. Trata-se de uma iniciativa, segundo Siteneski, nascida da espontânea união entre servidores de todas as classes funcionais da BM, livres de comprometimento ideológico ou político partidário. Embora apartidário pela sua natureza, o movimento busca identidade política para as suas propostas e entende como parceiros e aliados aqueles que se dispõem a defender os interesses de seus membros como cidadãos, trabalhadores e servidores públicos que juraram dar suas vidas em defesa do povo gaúcho.
Racha
Os profissionais da Brigada têm três entidades classistas: Associação dos Oficiais; Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes e a Associação dos Cabos e Soldados que, com raridade, defendem de forma harmônica seus interesses. O Movimento Pró-BM, que aceita membros dessas três entidades, ainda que não tenha este objetivo, significa mais um racha na família brigadiana. O Pró BM poderá se tornar poderoso e enfraquecer as organizações existentes na corporação ou se vir a ser apenas recanto de dissidentes, pois militar que é militar, não é o meu caso, exige hierarquia vertical a partir do café da manhã. Da minha torre, estarei atento a esse debate.
Crime e castigo
Um jovem morreu e três ficaram feridos após assalto seguido de perseguição policial, durante a madrugada de ontem, em Campo Bom. O grupo arrombou a loja Lebes, na rua Rui Barbosa, área central da cidade, e escapou com equipamentos eletrônicos em um automóvel Santana. A BM empreendeu a perseguição e os criminosos perderam o controle do veículo que bateu em um quebra-molas. O carro capotou e partiu ao meio ao se chocar contra uma árvore. Os bandidos foram arremessados para fora. Wagner da Silva Santos, de 28 anos, morreu no local. Jonas Pereira Martins, de 22 anos, Júlio Veloso dos Santos, de 20 anos, e Everton Santos de Lima, de também de 20 anos, ficaram gravemente feridos e foram encaminhados a hospitais de Campo Bom e Novo Hamburgo.