quinta-feira, 11 de abril de 2013

COMANDANTE REGIONAL PROMETE REFORÇO NA ZONA RURAL E POLICIAMENTO QUALIFICADO

GAZETA DO SUL, 11/04/2013 - 07h40

Coronel assume o CRPO propondo reforço na zona rural. Novo comandante pretende estreitar laços com a comunidade, qualificando o policiamento

ROZANA ELLWANGER
rozana@gazetadosul.com.br

Foto: Bruno Pedry



As primeiras semanas do coronel Marcelo Gomes Frota à frente do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) serão de avaliação da estrutura e do trabalho desenvolvido por cada oficial nos 32 municípios da região. Conhecedor da realidade do Vale do Rio Pardo, o oficial adianta que a Brigada Militar deverá reforçar o policiamento no interior e os Pelotões de Operações Especiais (POEs), além de zelar pela valorização dos policiais militares.

Vice-presidente da Associação de Oficiais do Estado, o coronel fixou residência em Santa Cruz do Sul há uma semana. No entanto, a realidade do Vale do Rio Pardo não é novidade para o oficial: entre as décadas de 1980 e 1990, ele atuou no Corpo de Bombeiros de Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul. Quase duas décadas depois, Frota retorna buscando combater a violência na zona rural, consequentemente aumentando a sensação de segurança também na zona urbana.

A principal arma da Brigada Militar será a colaboração dos moradores da área rural. Com as dez viaturas e 20 homens empregados nas Patrulhas Comunitárias do Interior, Frota pretende realizar visitas às residências, oferecendo orientação e treinamento para que os moradores se tornem observadores de quadra, ou seja, informantes confiáveis e instruídos pela Brigada Militar. “O morador conhece a circulação de carros, quem passa pela sua localidade, e percebe movimentações estranhas. Nós temos que ir ao encontro do cidadão. Isso vai fazer com que a gente possa antecipar ações criminosas”, afirma o coronel.

Apesar de os índices de criminalidade mostrarem o Vale do Rio Pardo como uma região segura, Frota acredita que pelo monitoramento do interior será possível reduzir ainda mais a criminalidade na zona urbana. “O crime pesado percebeu algumas coisas. Primeiro, que o acesso às cidades se dá pela zona rural. Segundo, existe uma tendência de o enfrentamento ocorrer em cidades menores, com potencial de enfrentamento menor devido ao efetivo policial reduzido”, observa. Por isso, o trabalho na zona rural passará também pelo monitoramento das estradas vicinais.

A fim de estreitar laços com a comunidade, o novo comandante pretende promover encontros tanto na zona rural quanto nos bairros. Para o oficial, apresentando a estrutura da Brigada Militar aos cidadãos é possível fazer pesquisas de vitimização e conhecer o que acontece em cada local. Como muitas ocorrências não são registradas, Frota pretende obter um quadro mais completo das ocorrências por meio de conversas informais com a população.

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