Em depoimento à CPI, major diz que bombeiros sofrem perseguições. Gerson da Rosa Pereira, que responde a processo criminal por fraude processual, fala aos vereadores.
Major Gerson da Rosa Pereira presta esclarecimentos aos vereadoresFoto: Viviana Fronza / Agencia RBS
Marcelo Martins
Um dos depoimentos mais aguardados da Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) da Kiss, em Santa Maria, começou às 9h desta segunda-feira.
Convidado pelos vereadores, o major Gerson da Rosa Pereira, ex-chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional dos Bombeiros, pediu aos vereadores da casa — Maria de Lourdes Castro (PMDB), presidente; Tavores Fernandes (DEM), vice; e Sandra Rebelato (PP), relatora — que fosse dado a ele a possibilidade de fazer algumas colocações antes do depoimento.
— Eu e os bombeiros estamos sofrendo perseguições veladas — disse o major com a voz embargada.
Sobre o fato de ser réu em um processo criminal por fraude processual no caso da boate Kiss, o major desabafou:
— Nunca tive vontade de fraudar nada. Nunca tivemos dolo em nada. Eu nunca quis esconder as mazelas, falcatruas da instituição ou eventuais problemas na estruturas de governo e das instituições. O que é isso? Obviamente que há culpados. Mas eu jamais compactuaria com isso.
O major contou que no dia do incêndio, 27 de janeiro, por volta das 7h, ele pediu à corporação o Plano de Prevenção de Combate ao Incêndio (PPCI):
— Se tinha uma dúvida: quantas pessoas poderiam entrar no local: 1 mil, 2 mil, 4 mil, 4 mil... Nosso PPCI não prevê cálculo populacional.
O major também criticou a falta de poder dos bombeiros para notificar as instituições com maior rigor e "ter mais poder de fechar o que não está certo". O major falou que a instituição fica suscetível ao "abuso de poder político":
— A lei é leniente, é fraca e não nos dá poder de sermos mais enérgicos. Chega de favorecimento e de se ter de beneficiar e privilegiar os pedidos de amigos do fulano, de deputado, de senador. Estamos sujeito a abusos de autoridade e não conseguimos bater de frente com o sistema.
O major Gerson deixou o comando regional dos bombeiros nos últimos dias e assumiu como subcomandante da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos da Brigada Militar (EsFAS), sediada em Santa Maria.
Um dos depoimentos mais aguardados da Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) da Kiss, em Santa Maria, começou às 9h desta segunda-feira.
Convidado pelos vereadores, o major Gerson da Rosa Pereira, ex-chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional dos Bombeiros, pediu aos vereadores da casa — Maria de Lourdes Castro (PMDB), presidente; Tavores Fernandes (DEM), vice; e Sandra Rebelato (PP), relatora — que fosse dado a ele a possibilidade de fazer algumas colocações antes do depoimento.
— Eu e os bombeiros estamos sofrendo perseguições veladas — disse o major com a voz embargada.
Sobre o fato de ser réu em um processo criminal por fraude processual no caso da boate Kiss, o major desabafou:
— Nunca tive vontade de fraudar nada. Nunca tivemos dolo em nada. Eu nunca quis esconder as mazelas, falcatruas da instituição ou eventuais problemas na estruturas de governo e das instituições. O que é isso? Obviamente que há culpados. Mas eu jamais compactuaria com isso.
O major contou que no dia do incêndio, 27 de janeiro, por volta das 7h, ele pediu à corporação o Plano de Prevenção de Combate ao Incêndio (PPCI):
— Se tinha uma dúvida: quantas pessoas poderiam entrar no local: 1 mil, 2 mil, 4 mil, 4 mil... Nosso PPCI não prevê cálculo populacional.
O major também criticou a falta de poder dos bombeiros para notificar as instituições com maior rigor e "ter mais poder de fechar o que não está certo". O major falou que a instituição fica suscetível ao "abuso de poder político":
— A lei é leniente, é fraca e não nos dá poder de sermos mais enérgicos. Chega de favorecimento e de se ter de beneficiar e privilegiar os pedidos de amigos do fulano, de deputado, de senador. Estamos sujeito a abusos de autoridade e não conseguimos bater de frente com o sistema.
O major Gerson deixou o comando regional dos bombeiros nos últimos dias e assumiu como subcomandante da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos da Brigada Militar (EsFAS), sediada em Santa Maria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário