segunda-feira, 18 de março de 2013

EMPRESÁRIOS DEIXAM O FUNREBOM


ZERO HORA 18 de março de 2013 | N° 17375

SANTA MARIA, 27/01/2013
Empresários deixam fundo dos Bombeiros


O Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros de Santa Maria (Funrebom) sofreu duas perdas. O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), que preside o fundo desde quando foi criado, em 2010, e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) não fazem mais parte dele desde a semana passada. Eles estariam descontentes com a condução do inquérito.

Administrado por entidades da comunidade, o Funrebom repassou R$ 1,7 milhão em equipamentos aos bombeiros desde 2010.

O primeiro a renunciar foi o presidente da Cacism, Luiz Fernando Pacheco. – É perfeito ouvir desde o fiscal de rua até o chefe maior, que é o prefeito. Eu não vejo o mesmo critério junto aos bombeiros, no Estado.

O presidente da Cacism não entende por que o comandante estadual do Corpo de Bombeiros, Guido Pedroso de Melo, e o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, não foram ouvidos no inquérito. Em contrapartida, secretários da prefeitura e o próprio prefeito, Cezar Schirmer, foram chamados pela polícia. A CDL também anunciou saída do fundo, em solidariedade a Pacheco. O delegado Marcelo Arigony, explicou que ouvir o comando dos bombeiros e o secretário Michels não faz parte do núcleo central da investigação.

Zero Hora havia revelado o conselho do Funrebom não concordou em destinar R$ 51,9 mil à montagem de uma academia para a tropa (R$ 51,9 mil), R$ 70 mil para um a aquisição de um carro novo para o comandante e R$ 11 mil para compra de duas máquinas de café. Os pedidos negados pelos conselheiros somavam R$ 132 mil do total de R$ 899,9 mil do fundo.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A Brigada Militar precisa dar uma solução imediata para resgatar a confiança nos Bombeiros, a começar pela solução do IPM sobre os procedimentos da guarnição de Santa Maria. Depois, é preciso analisar o cenário e planejar reengenharia na estrutura e na operacionalidade do Corpo de Bombeiros com a criação de um Sub Comando na área de Bombeiros e determinar a prerrogativa dos Oficiais bombeiros na defesa civil e nas equipes de fiscalização e prevenção de incêndios e calamidades.

Ou, então, partir para uma alternativa extrema que é apoiar a separação desta organização da Brigada Militar, uma corporação tipificada como policial. Com a separação, a organização de bombeiros terá a autonomia que precisa para recrutar, formar, capacitar e especializar gestores e executores na linha profissional que a atividade exige, sem a ingerência de um Comando focado na atividade de polícia.

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