segunda-feira, 25 de março de 2013

DESAGRAVO E CARTA ABERTA DOS BOMBEIROS

ZERO HORA 25 de março de 2013 | N° 17382

SANTA MARIA, 27/01/2013

MATHEUS BECK

A repercussão do inquérito policial que indiciou ou responsabilizou 13 bombeiros e um oficial da reserva pela tragédia na boate Kiss levou a corporação a reagir. Uma reunião realizada pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar (AsofBM) na tarde de sábado, na Capital, expôs a insatisfação dos militares com o que consideram más condições de trabalho. Em uma carta aberta, foi listada uma série de reivindicações como a desvinculação da Brigada Militar e um percentual mínimo de 10% do orçamento da Secretaria da Segurança Pública.

– Há tempos, (os bombeiros) não são tratados como deveriam. É uma instituição, não uma peça da polícia – afirmou o tenente-coronel José Carlos Riccardi Guimarães, presidente da AsofBM.

Hoje, os investimentos dependem de repasses da BM e de arrecadações de cada companhia. O coordenador do núcleo de bombeiros da AsofBM, major Rodrigo Dutra, disse que a falta de efetivo afeta várias unidades. A reunião serviu como desagravo aos colegas citados no inquérito. O major Gerson da Rosa Pereira, indiciado pela Polícia Civil por fraude processual, declarou:

– O delegado não tem competência para me indiciar, só a BM ou a Justiça Militar.

O tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, comandante do 4º Comando Regional dos Bombeiros, responsabilizado por homicídio culposo (sem a intenção de matar) e improbidade administrativa, teve seu afastamento anunciado pelo governador Tarso Genro. O fato foi criticado pelos colegas de farda.

Um comentário:

  1. Um hospital mal equipado atende mal os pacientes, um jornal mal equipado de proficionais informa mal os leitores, um governo mal equipado, sossobra nos seus propósitos, assim também um corpo de bombeiros sem equipamentos, sem recursos, sem efetivo e sem a devida prepraração profisional necessária não consegue fazer seu nobre trabalho de servir plenamente a comunidade.

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